Star Wars de volta com novo Han Solo e promessa de 170 milhões

É o primeiro filme da saga focado em apenas uma personagem. Han Solo: Uma História de Star Wars estreou hoje, promete muitas receitas e já o vimos.

Han Solo, o cowboy do espaço, o marginal bom da fita, sempre esteve ligado a Harrison Ford. Até agora. Estreou hoje em boa parte do planeta (amanhã chega aos Estados Unidos) a história de uma das personagens mais icónicas da saga neste Han Solo: Uma História de Star Wars.

Com menos explosões e naves espaciais megalómanas do que outros filmes da era Disney – este é o segundo filme da antologia, após Rogue One, e o quarto desde que a Lucasfilm foi comprada pela Disney –, acompanhamos as aventuras de um jovem Han Solo. Alden Ehrenreich (que até já participou em filmes de Francis Ford Coppola e dos irmãos Coen) foi o escolhido para mostrar aos fãs da saga as razões de Han ser como é.

Os fãs não vão ficar desiludidos, embora também haja pouco espaço para deslumbramento. Ron Howard, o veterano realizador de serviço, tomou conta do projeto depois de alguns desentendimentos iniciais e cumpriu e garantiu recentemente que o seu filme também é para pessoas que não acompanham a saga.

A aposta num elenco experiente foi a decisão mais acertada já que, além de Alden cumprir como Han Solo, temos atores na melhor altura das suas carreiras. Há Woody Harrelson como uma espécie de mentor de Han, inspirado no pirata Long John Silver. Emilia Clarke, a Mãe de Dragões em Guerra dos Tronos, é a destemida Qi’ra, namorada de Han Solo na sua terra natal e uma das personagens mais complexas e cativantes do novo filme.

Já Donald Glover, o músico, escritor e ator é o contrabandista Lando Calrissian (personagem icónica interpretada nos primeiros filmes por Billy Dee Williams). Percebemos neste filme os motivos da tensão que se torna amizade com Han Solo e como Han ganhou a nave Millenium Falcon num jogo e também ficamos a saber pormenores como porque é que a famosa nave parece ter personalidade própria. Não faltam Thandie Newton e o mau da fita Paul Bettany.

Mas a relação mais encantadora a inundar o filme é mesmo entre Han e Chewbacca. O filme mostra-nos como se conhecem e como criam uma relação próxima desde o primeiro minuto que chega até a ter uma cena peculiar num chuveiro digna de ficar na memória dos fãs.

Divertido, leve quanto baste para uma ficção científica e com um Han Solo bon vivant e bem disposto – não faltam referências a expressões e modos de agir que Harrison Ford tornou icónicos –, mesmo não sendo perfeito nem arrisque em quase nada, vale bem a ida ao cinema.

Han Solo: Uma História de Star Wars reaviva muitas e boas memórias do início da saga que George Lucas começou em 1977. Leva-nos numa viagem com menos exagero de efeitos especiais do que tem sido habitual por galáxias, muito, muito longe, onde ficamos a conhecer a origem de personagens que fazem parte da história do cinema.

Valores de pré-vendas prometem

Uma das particularidades do novo filme é que, ao contrário dos outros da era Disney, cumpre a tradição dos primeiros filmes da saga, de estrear no final de maio. O interesse dos fãs levou a recordes de pré-vendas de bilhetes nos Estados Unidos no início deste mês – ficaram à frente dos bilhetes pré-vendidos por Pantera Negra, por exemplo. Os analistas estimam uma receita de 170 milhões de dólares só para o primeiro fim de semana da estreia nos EUA, sendo que o filme custou 250 milhões de dólares a produzir.

Apesar do burburinho, é pouco provável que o filme que mostra as origens de Han Solo antes de o conhecermos pela primeira vez no filme de 1977 Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança, supere os valores das receitas de bilheteira dos primeiros filmes da era Disney. Star Wars: O Despertar da Força, de 2015, rendeu 936 milhões de dólares e Star Wars: O Último Jedi, de 2017, rendeu 620 milhões.

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