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Para o líder da mais antiga associação empresarial portuguesa, que exerce também funções de administrador não executivo da The Fladgate Partnership - Vinhos, S.A. há muito que o QSP Summit ultrapassou as fronteiras da região e volta a somar pontos ao colocar no centro de debate a liderança, num mundo desafiante para os empresários, por ser cada vez mais acelerado, mais tecnológico e digital.
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Nuno Botelho, questionado sobre as circunstâncias atuais, incluindo a revolução digital e tecnológica a que se juntou a Inteligência Artificial (IA), em tempos de constrangimentos geopolíticos que o mundo atravessa, em especial na Europa, fala em desafios para todos, incluindo para o mundo empresarial.
O presidente da Associação Comercial do Porto cita mesmo a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, sobre a adoção de mecanismos de regulação da IA, para afirmar que também nas empresas não há muito tempo a perder. Têm que se preparar. Têm que se capacitar para a revolução que, aliás, já está em curso há vários anos.
Adianta que as empresas têm um enorme desafio de ajustamento tecnológico nos próximos anos e devem preparar-se, o melhor possível, para o enfrentar - " Isso significa melhorar competências, a todos os níveis. Tomar decisões mais rápidas, mais estratégicas. Incorporar talento. Reter talento, conhecimento especializado, desde logo, em questões como a Inteligência Artificial, a robótica, a automação, entre outras áreas de especialização técnica. No fundo, também temos que ter todos uma predisposição quase total para a mudança e para a adaptação, como se percebeu na pandemia! Só as empresas mais ágeis, mais preparadas e mais capazes é que estão habilitadas para as grandes transformações."
Ganha por isso, relevância falar de liderança do futuro, a temática da edição deste ano, do QSP Summit porque, adianta Nuno Botelho, "é discutir o próprio futuro das empresas! Uma vez que são organizações e essas funcionam melhor quando são bem lideradas. Foi, aliás, uma boa escolha temática, por parte da organização e estou confiante que desse ponto de vista, o evento vai trazer uma reflexão pertinente. Dando pistas e orientações sobre como os gestores atuais e as direções das empresas se podem preparar melhor, para as mudanças que estão a ocorrer."
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O Porto, capital da região de onde saem 50% das exportações portuguesas, foi o berço do QSP Summit que se realiza há 16 anos e se prepara para bater mais um recorde, quer ao nível de participações, quer de oradores, depois de um estudo realizado junto a 972 dos três mil participantes de 18 países, ter revelado um impacto económico na região na ordem dos 8,4 milhões de euros.
Para Nuno Botelho, já não é só um evento do Porto e do norte do país, porque é um evento de referência internacional, que reúne convidados que não ficam nada a dever aos oradores das principais conferências de gestão mundiais e como a organização apontou na edição do ano passado, um retorno superior aos 8 milhões de euros, o que para o presidente da Associação Comercial do Porto, "demonstra bem que, além de ser um excelente fórum de ideias, é um ativo económico muito forte para a cidade e para a região e naturalmente por isso, conta com o apoio desta associação".
O homem que promove também outros eventos na cidade, há muito tornou público que vê o turismo como alavanca económica. Nuno Luís Cameira de Sousa Botelho nasceu no Porto, em 1973, é licenciado em Direito pela Universidade Católica do Porto e pós-graduado em Banca, Bolsa e Seguros pela Universidade de Coimbra.
Foi no setor bancário que começou a sua atividade profissional, no Banco Mello, mas depressa se ligou ao turismo. Em 2000 assumiu a gestão de clientes da Exponor e no seu currículo também entra a experiência na política autárquica, com passagem pela câmara municipal do Porto, enquanto adjunto do vereador do Pelouro dos Recursos Humanos, Desporto, Educação e Juventude, entre 2002 e 2004, tendo coordenado o gabinete municipal responsável pela gestão do Euro 2004 - Campeonato Europeu de Futebol.