A segurança nos pagamentos digitais

Em 2019, mais de 2 mil milhões de consumidores no mundo utilizaram o mobile wallet para pagar ou enviar dinheiro. No próximo ano é expectável que a utilização de pagamentos móveis aumente mais 28%, ultrapassando os pagamentos com cartão de crédito e numerário.

Com a democratização dos pagamentos online impõe-se a pergunta: os pagamentos são seguros?

As compras online aumentaram com a pandemia e, indissociavelmente, as transações financeiras digitais. Os processos e procedimentos estão em fina análise junto do consumidor, que sente cada vez mais a necessidade de garantir a segurança na compra e da sua conta bancária.

As soluções de pagamento devem garantir ao consumidor uma experiência rápida, privada, e segura, quer seja com pagamentos sem contacto ou pagamentos com QR code.

Espera-se que, nos próximos tempos, a Inteligência Artificial continue a revolucionar o mercado, com funcionalidades inteligentes capazes de prever e identificar comportamentos com fiabilidade. Esta tecnologia ajuda a proteger os utilizadores e a combater ameaças cibernéticas, como malware, phishing ou tentativas de aquisição de contas.

A segurança das transações simultâneas multi-redes, nos pagamentos conta-a-conta em tempo real, open banking e tecnologia blockchain, é de suma importância para os retalhistas e para a sua reputação. Estes processos permitem criar experiências personalizadas e garantir que o cliente pode fazer as suas compras, passar pela caixa autonomamente e receber o comprovativo de compra no seu e-mail, de forma segura, eficiente e rápida. Este conceito já é uma realidade em Portugal com lojas a implementarem esta tecnologia com sucesso.

Do lado do comportamento do consumidor, utilizar cartões com segurança acrescida; não divulgar informação confidencial; não utilizar internet pública; utilizar protocolos seguros; palavras-passe seguras; entidades credíveis e conhecidas; guardar os registos das operações; ter cuidado com promoções maravilhosas; evitar links e anexos suspeitos; são algumas medidas de segurança, que qualquer utilizador deve ativar, para salvaguardar as suas compras e as suas contas bancárias.

O mercado europeu é muito maduro no que respeita à utilização de operações digitais e, por isso, os consumidores valorizam a liberdade de escolha, a flexibilidade no acesso e a segurança na utilização. Segundo um estudo da Didentria, 70% dos europeus preferem utilizar dois métodos de autenticação, 66% escolhem a impressão digital, 62% uma palavra-passe e 52% o reconhecimento facial. Por último, a implantação do chip e o reconhecimento de voz são métodos escolhidos por 40% e 35%, respetivamente.

É cada vez mais seguro utilizar cartões digitais e aplicações bancárias. Se pensarmos bem, é mais fácil roubarem-nos 100 euros da carteira, do que do telemóvel, que tem 1001 medidas de segurança antes de chegar ao cartão. É necessário que consumidores, plataformas e retalhistas, mantenham processos e procedimentos adequados, para garantir a máxima segurança nas operações.

Telmo Santos , CEO da euPago

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