A sucessão de Mario Draghi à frente do BCE – Banco Central Europeu poderá ser mais concorrida do que se esperava inicialmente. A Chanceler Angela Merkel poderá deixar cair o candidato alemão à liderança do supervisor europeu e apostar na sucessão de Jean-Claude Juncker à frente da Comissão Europeia, adianta esta quinta-feira o jornal alemão Handelsblatt.
Nos últimos meses, Jens Weidmann, presidente do Bundesbank (Banco Central da Alemanha) tem sido apontado como o principal candidato à sucessão de Draghi, em novembro de 2019. Só que este dirigente não terá o apoio de países como França e Itália. Tendo em conta que o próximo presidente do BCE terá de ser escolhido por consenso dos líderes da zona euro, Merkel teme que o seu candidate não seja escolhido.
Ao liderar a Comissão Europeia, a Alemanha também poderia influenciar mais as decisões ao nível de política económica, educação e digitalização.
Sem uma eventual candidatura alemã, a corrida à presidência do BCE ficará bem mais aberta, com candidatos de países como França, Holanda e Finlândia.
De França, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, o líder do Banco de França, François Villeroy, e o administrador executivo do BCE Benoît Coueré.
Da Holanda, está a ser apontado Klaas Knot, líder do Banco Central daquele país.
Da Finlândia, surgem os nomes de Erkki Liikanen, ex-governador do Banco Central, e de Ollie Rehn, atual governador desta instituição e ex-comissário europeu para os Assuntos Económicos.